domingo, 17 de maio de 2009
sala de aula
domingo, 3 de maio de 2009
Livro falado, uma questão de cidadania
Olá biblioamigos, falando em oralidade e defendendo-a como tecnologia sempre atual e um fator fundamental da comunicação, vemos que Pierry Levi foi muito feliz quando afirmou que o tempo da escrita e o tempo virtual vieram aprimorar e não substituí-la (a oralidade). Conseguimos relacionar esta afirmativa perfeitamente com a novidade abaixo:
Fonte:Prêmio Vivaleitura 2007
Fotos: Daniela Dacorso, Denis Ferreira Neto e Futura Press
A produção de livros falados envolveu 46 alunos da Escola Palmares e um conjunto de ações
Adequadamente preparados, os alunos participam da gravação - na foto, Camila da 7.ª série
Usuário portador de deficiência visual, confere o resultado do trabalho
E em Juazeiro do Norte, por que não?
Cordel: Rimas que encantam
Portal Prêmio Vivaleitura
Hoje, em suas aulas, Francisca utiliza o cordel como referência para trabalhos de leitura e escrita, propiciando aos alunos uma boa diversidade de situações didáticas. Eles atuam como protagonistas e não apenas como executores de tarefas. Aprenderam a ler em voz alta. Tomaram contato com a história de seus antepassados e mergulharam a fundo nas tradições do lugar onde vivem. A comunidade também participou do projeto.
Estudando a literatura de cordel, os alunos de Francisca aprenderam a trabalhar com as rimas e a métrica. Pesquisaram na biblioteca e organizaram, com sucesso, uma “noitada cordelista” na escola. Além disso, criaram o Cordel Ambulante, em que se deslocam pela comunidade para ler literatura de cordel para os moradores.
Ano da França no Brasil
A abertura oficial do Ano da França no Brasil - França.Br, no dia 21 de abril, inaugurou uma temporada de imersão dos brasileiros na cultura francesa. Calcula-se que a extensa programação - que vai desde residências artísticas a exposições e desfiles de moda - possa atingir entre 30 e 40 milhões de pessoas, em 15 cidades do país.
Calcula-se que o país receberá aproximadamente 400 atividades até o final de 2009. Cerca de 50 delas devem acontecer na Bahia.
A forte influência da matriz africana no Estado edificou uma ponte sobre o Atlântico, diretamente para a África francófona. Assim, a versão baiana do França.Br tem a mestiçagem como uma de suas principais características, incorporando as influências do continente negro (veja programação).
Isso não quer dizer, é claro, que a cultura francesa clássica não esteja presente com escritores, instrumentistas eruditos e até mesmo uma oficina de formação de luthiers (profissionais especializados em reparo e restauração de instrumentos musicais).
Programação mestiça
Iniciada antes mesmo da abertura oficial do França.Br, a residência artística Culturas Crioulas - Olhares Cruzados promoveu de jovens artistas das Escolas de Belas Artes de Salvador e da Ilhas de Reunião, departamento francês no Oceano Índico. A residência durou 20 dias, entre 3 e 23 do mês passado.
Também no dia 23 foi apresentado o espetáculo de dança “#im3″, da Cia Toufik Oudrhiri Idrissi. A companhia do coreógrafo e intéprete marroquino Toufik trabalha ainda num processo de criação conjunta com a Cia Viladança, cujo resultado será apresentado no mês de setembro.
O universo da dança também é representado pelo coreógrafo e dançarino da Costa do Marfim Georges Momboye. Radicado no país de Napoleão desde 1992, Momboye propõe uma visão da França mestiça contemporânea.
Símbolo máximo da ligação entre França, África e Bahia, o antropólogo francês Pierre Verger é tema de três atividades previstas no programa. Em junho, o fotógrafo do Benin Charles Placide Toussou faz residência artística na Fundação Pierre Verger, intitulada “Sobre os Vestígios de Pierre Verger”.
Durante o “Agosto da Fotografia”, as obras do antropólogo francês fazem parte da exposição “À procura de um olhar: fotógrafos franceses e brasileiros revelam o Brasil”.
Já no dia 15 de setembro, é aberta a exposição “Paris de Pierre Verger”, sobre o ambiente cultural e artístico parisiense dos anos 30, com fotografias do próprio Verger e de outros fotógrafos franceses.
Com atores baianos, os espetáculos teatrais “Combate de Negro e de Cães” e “Tabataba”, do diretor francês Philip Boulay percorrerão espaços públicos e cidades do interior da Bahia durante quase quatro meses, entre 21/8 e 15/11.
Em outubro, a mostra “50 Anos do Cinema da África Francófona: olhares em reconstrução e identidades reinventadas” traz à Bahia uma seleção de obras clássicas do cinema africano, algumas jamais exibidas no Brasil.
A coroação do elogio à cultura mestiça no programa baiano da França.Br é a inauguração do Centro de Músicas Negras, no dia 13 de novembro, seguida imediatamente pelo Festival de Músicas Mestiças (13 e 14/11), uma edição especial do Festival de Angouleme de Musique Mestisses. Ambas atividades ocorrem no Museu du Ritmo, espaço cultural do músico baiano Carlinhos Brown.
(fotos: Site Oficial Georges Momboye [1]; João Garcia [2])
A maior biblioteca comunitária do mundo
Muitos dos moradores de São José do Paiaiá, distrito de Nova Soure (BA), sequer sabiam o que era uma biblioteca até a inauguração da Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado, em 2002.
Hoje, a instituição tem quase 50 mil livros e seus fundadores a classificam como a maior biblioteca comunitária do mundo instalada em comunidades rurais com até 50 mil habitantes.
A chegada da biblioteca transformou o pequeno povoado que fica a 320 quilômetros de Salvador num oásis em pleno semi-árido. A comunidade, um povoado com população inferior a mil pessoas e apenas uma rua pavimentada, passou até a receber visitantes de cidades próximas.
São 450 usuários por mês na incansável biblioteca, que funciona todos os dias, das 8 às 21h, inclusive domingos e feriados.
A biblioteca comunitária estampa em sua fachada uma epígrafe do dramaturgo alemão Bertold Brecht: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos...”.
Além de extenso, o acervo tem cerca de 2 mil obras raras. Lá é possível encontrar preciosidades como a primeira edição de “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, a obra completa de João Cabral de Melo Neto – autografada pelo escritor – e a edição de 1732 (em francês) da obra completa de Molière.
A criação da biblioteca é fruto da iniciativa de um ex-morador de São José do Paiaiá, que sonhava em ser médico, embora sua mãe dissesse que aquilo “era apenas sonho de pobre”.
Geraldo Prado, hoje com 67 anos e pesquisador do CNPq, conta como a biblioteca está oferecendo oportunidades que ele nunca teve:
- Seis meninos que estudaram na biblioteca passaram em universidades públicas da Bahia e de Sergipe. Acho que dois deles já estão se formando.
Foi faxineiro e porteiro num prédio no centro da cidade, "na zona do baixo meretrício". Fez supletivo morando na casa de máquinas do elevador do prédio e precisou escolher a menor concorrência (Curso de Português-Chinês) para passar no vestibular da USP.
Recorda que só conheceu uma biblioteca quando tinha 14 anos, em Salvador, no Colégio Central da Bahia. “Lembro que fiquei parado olhando para tantos livros, porque até então eu só tinha um (Na Sombra do Arco-Íris, de Malba Tahan), presente da professora Maria Ivete Dias (mãe de Ivete Sangalo)”.
Ao longo dos anos, Geraldo acumulou uma coleção de 30 mil livros, mesmo que isso significasse sacrifícios.
- Se passasse por um sebo ou por uma livraria e tivesse um livro que me agradasse, e eu só tivesse o dinheiro da comida ou da passagem do ônibus, preferia ficar com fome e voltar para casa a pé, mas comprava o livro – diz.
Geraldo, como a Asa Branca, voltou para o sertão para compartilhar com pessoas que “não sabiam o que era uma biblioteca” sua paixão pelos livros. O nome da biblioteca é uma homenagem à sua irmã (Sinhá Prado), que o alfabetizou.
Hoje, conduz uma pesquisa sobre bibliotecas comunitárias para o CNPq, com foco no semi-árido. Criou inclusive um blog sobre o assunto.
Entrevistei este empreendedor do conhecimento. Leia aqui e saiba como os livros da biblioteca quase são confundidos com livros roubados do arquivo do Itamaraty.
sábado, 2 de maio de 2009
Fotos da IV SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA Senac Crato
Ilusão de ótica,uma leitura diferente
SOMOS PRISIONEIROS
DOS NOSSOS OLHOS?
É um homem ou são dois homens?
É um pato ou um coelho?
Esquerda ou direita?
Antes, e depois do Casamento...
A mulher está realmente desenhada?
Pode ser uma cachoeira e o que mais?
Pierrô e colombina?
Um cavalo?
Uma caveira?
O arco preto forma um circulo com o azul ou com o vermelho?
O que está escondido nessas imagens?
É um tridente?
Onde termina a escada?
Quantos telhados e casas?
Movimente os olhos:
Tchau...Até a próxima;