quarta-feira, 29 de abril de 2009

Democratizar a informação....


Brasil vai ter bibliotecas públicas em todos os municípios até julho

O Ministério da Cultura estabeleceu julho como prazo para cumprir a meta de ter pelo menos uma biblioteca em cada um dos 5.562 municípios brasileiros. Atualmente, 331 cidade do país ainda não têm qualquer tipo de biblioteca, seja municipal ou em escolas públicas. Para o coordenador de Articulação Federativa do Programa Mais Cultura, Fabiano dos Santos, o marco é importante, mas também é preciso olhar para as condições desses espaços.

“Zerar o número de municípios sem biblioteca no Brasil é uma dívida social centenária que temos com a sociedade brasileira. É fundamental que o país consiga alcançar essa meta, mas é preciso criar uma rede articulada para que essas bibliotecas se tornem um espaço de formação de leitura”, disse Santos, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, nos meses de maio e junho será feita a entrega dos últimos kits para os municípios, com um acervo de 2,5 mil livros, equipamentos eletrônicos e mobiliário. A data para inauguração desses espaços está marcada para 25 de julho, quando será promovido pelo ministério o Dia D da Leitura em todo o país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a uma dessas localidades para a inauguração de uma biblioteca.

Para o pesquisador do Instituto Pró-Livro, Galeno Amorim, a notícia deve ser comemorada. “A biblioteca tem um papel extraordinário no desenvolvimento e na formação de leitores. Não existe um único país do mundo que tenha conseguido chegar à condição de desenvolvido sem ter antes resolvido o seu problema de acesso à educação e aos livros”, aponta. Mas ele lembra que é fundamental criar estratégias nacionais para que as bibliotecas funcionem de maneira adequada.

Além de implantar a biblioteca em locais em que ela não existe, Santos conta que o ministério está modernizando outros equipamentos em 400 municípios. De acordo com Galeno, o país tem hoje 6 mil bibliotecas municipais e 60 mil escolares, além das comunitárias. Mas muitas delas estão em situação precária, o que acaba afastando o leitor em potencial.

“Apenas um em cada 10 brasileiros vai com freqüência a um biblioteca. Quando o leitor vai uma, duas, três vezes à biblioteca e não encontra o livro, ele começa a se desinteressar. Eles acham que de alguma maneira podem estar perdendo tempo e se afastam da biblioteca”, explica. Uma das principais estratégias para atrair o público é garantir um horário de funcionamento da biblioteca para além do expediente comercial e, além disso, garantir que haja profissionais habilitados trabalhando nesses espaços, além de acervos periodicamente atualizados.

Para receber um kit biblioteca do Ministério da Cultura, a prefeitura precisa criar a biblioteca por lei, estabelecer dotação orçamentária e quadro funcional para a manutenção do espaço, além de prever uma programação cultural para o local. “O que está por trás disso tudo é um conceito de biblioteca como centro de produção e difusão da arte e da cultura, como espaço dinâmico e interativo, não apenas de ser um depósito de livros, mas um espaço de acesso aos bens culturais e formação de leitura”, explica Santos.

A maioria dos pouco mais de 300 municípios que ainda não têm biblioteca são da Região Norte e Nordeste. Mas, segundo Santos, é possível que o número seja maior. “Isso porque os sistemas nacionais e estaduais de bibliotecas, utilizados para fazer esse levantamento, apontam que em um local há uma biblioteca, mas ela pode ter sido fechada”, diz. De acordo com o coordenador, o ministério está fazendo uma pesquisa in loco para checar o funcionamento desses espaços.

Santos conta, ainda, que em alguns municípios a prefeitura diz não ter interesse em receber uma biblioteca. “Como eles têm que ter o espaço, além de criar a biblioteca, alguns prefeitos têm resistência. Eles não consideram que seja um equipamento importante para a cidade”, diz. Ele pede aos moradores de cidades sem biblioteca que entrem em contato com o ministério para informar a situação. Um link no site do ministério permite o acesso a um formulário para que o problema seja comunicado.

Galeno Amorim, do Instituto Pró-Livro, sugere que, nesses casos, a sociedade pressione as autoridades locais para exigir o que é um direito, o acesso à cultura.

Da Agência Brasil

sábado, 25 de abril de 2009

IV SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA Senac Crato, estivemos lá

Olá biblioamigos,queria informar que aconteceu de 13 a 17 de abril a IV Semana do Livro e da Biblioteca no SENAC do Crato:






Contamos com uma programação bem recheada:


Rodrigo Leite: "O passo a passo da produção de um livro" Dia 13

Tereza Nogueira: "Música Patativa" Dia 13

Maria Isabel Moreira Leal (Centro Cultural BNB),Eduardo (Biblioteca Centec) e Glacinésia Leal Mendonça(Bibliotecário UFC Cariri): Troca de experiências (Dicas e técnicas elementares para Organização de Bibliotecas Escolares) Dia 14

Aroldo Barbosa (Presidente da AAPREC- Associação dos Amigos e Pacientes Renais do Cariri): "Doenças renais: A prevenção é o tratamento mais indicado) Dia 15

Cicero Carlos (Origamista): Oficina "Origami Modular:Uma leitura tátil e rentável" Dia 16

Fernanda Magalhães Rodrigues(Profª de Formação Continuada de Professores da Educação Básica) Oficina "Contação de Estórias: contando e recontando com arte." Dia 17


Tive a honra de compor este evento maravilhoso, apresentando o meu estudo sobre o Patativa do Assaré. Ministrando a palestra de encerramento,com sorteio de livros:


17 de Abr - sex

19:00 às 20:00 Apresentação: "100 Anos de Nascimento de Patativa do Assaré"

João Bosco Dumont do Nascimento: Pesquisador e Apresentador

Público Alvo: Professores de Literatura, Auxiliares de Biblioteca, Estudantes e interessados.

Local: Senac Crato


Todos os créditos deste louvavel trabalho se deve ao empenho e a dedicação do nosso biblioamigo Cícero Carlos (1º Semestre de biblioteconomia UFC_ Campus Cariri) que está a frente da Biblioteca do Senac e vem desenvolvendo atividades de inclusão social com alunos portadores de necessidades especiais,além de contar com um arcevo bem diversificado em suas estantes, um grande talento que só tem a crescer no campo da informação.

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA





A consciência é o foco em “O escafandro e a borboleta”, filme de Julian Schnabel (EUA, 2007) baseado no livro homônimo,que aborda a história real de Jean Dominique Bauby, editor da revista Elle até o momento do acidente. Bauby tinha 43 anos quando sofreu um AVC, de etiologia desconhecida, com seqüelas neurológicas de uma síndrome específica denominada Locked-In:

“Conhecido como síndrome de desconexão cerebromedullospinale, pseudocoma ou ventral Pontina síndrome. Ao contrário do estado vegetativo persistente, em que a parte superior do cérebro são danificadas e as porções menores sejam preservadas, esta síndrome é causada por danos causados às partes específicas do cérebro e tronco cerebral inferior, sem danos para o cérebro superior (diencefalo e telencéfalo).” (Wikipédia)

Pacientes que apresentam a síndrome Locked-In estão plenamente conscientes. Eles sabem exatamente onde estão os seus braços e pernas e, ao contrário dos pacientes paralisados ainda pode receber sensações tátil e de dor. Alguns pacientes têm a capacidade para mover alguns músculos faciais. A maioria dos pacientes com a síndrome Locked-In, não recuperam o controle motor, mas diferentes equipamentos estão disponíveis para ajudá-los a se comunicar.

Os doentes com a síndrome Locked-In dizem que se sentem na maior parte bastante calma, e alguns afirmam estar um pouco "triste”. Este é o oposto de pânico e de terror que poderia ser assumida em pessoas conscientes de que não podem mover ou falar. Estes dados indicam que as emoções são devidos a interpretações das sensações corpo. Uma vez que as pessoas que estão no estado locked-in não ter um grande sentido de corporalidade (propriocepção), o cérebro não recebe feedback indicando o perigo.

Bauby tinha sua consciência intacta, mas seu corpo estava “ausente”, como uma prisão, ou, pra usar suas palavras, preso num escafandro, imobilizado no seu self? Parte de sua mente funcionava muito bem: tinha emoções, pensamentos, compreensões, imaginações, memórias. Sua consciência central e ampliada estavam intactas, eram a sua borboleta. Contudo seu eu, sua noção de self e de pertencimento, estava danificada, pois segundo os autores que temos visto até agora, a autoconsciência depende do corpo, sua imagem corporal está alterada modificando completamente este sentimento que temos de eu. Mas o quanto isso é verdadeiro? Bauby aprendeu a se comunicar com o piscar de um olho, e assim soletrou um livro inteiro. Não podemos afirmar que sua autoconsciência estava alterada, sua mente funcionava, mas a perda do corpo faz com que ela seja a mesma de antes? Possívelmente não. “Pois o ego é antes de tudo um ego corporal” (Freud) e assim a borboleta se liberta do escafandro...

Biblio o quê?




Biblioteconomia é a área do conhecimento especializada em pesquisar, desenvolver e utilizar os mais eficazes métodos para o tratamento da informação, visando sua preservação, recuperação e uso. Das imagens e informações em papel aos sites e banco de dados, a biblioteconomia e seus profissionais precisam encarar o desafio das mudanças da era digital.

As bibliotecas em uma nova era

Robert Danton, da University Library at Harvard, escrevou um artigo para o New York Review of Books sobre o papel das bibliotecas nesse mundo altamente conectado e “dominado” pelo Google, em referência ao status adquirido por esse sistema de busca em relação à recuperação de informação.

O autor faz a seguinte questão: qual a posição das bibliotecas perante as “maravilhas tecnológicas” iguais ao Google?

Após fazer um breve passeio pela história dos livros e das tecnologias de informação, Danton é categórico: a biblioteca não deve se tornar um museu ou um armazém de livros empoeirados (o adjetivo “empoeirados” eu coloquei para enfatizar a idéia de abandono ou proibição de acesso, o que acontece com muitos acervos). E convida as instituições para compartilharem seus acervos, oferecendo formas para que seus usuários possam utilizá-los. A digitalização de acervos tornando-os realmente público é algo benéfico, uma forma de oferecer acesso quase que universal a determinados conhecimentos que antes seriam impossíveis de usufruí-los.

Isso tudo foi dito para dizer que, embora as tecnologias de informação e sites como Google possam facilitar o acesso à informação, as bibliotecas merecem o papel central como instituições que preservam o passado e orientam o desenvolvimento do futuro.

Eu concordo. E acredito que muitos conscientes profissionais tenham a mesma opinião.

Que profissionais queremos ser? Ou seremos






Considerações sobre o IX EREBD SE/CO

por A.Berbe em 25.11.08


O EREBD SE/CO 2008, realizado em São Paulo, já acabou. No entanto, ficaram idéias e perguntas no ar.

O legal desses eventos são os contatos com as pessoas de outros cursos de biblioteconomia, o que dá uma noção de como são as realidades em cada região.

Também é preciso destacar as mesas redondas que foram de alto nível e o empenho dos organizadores em disponibilizar o conteúdo das palestras na internet, ao vivo. Isso demonstra a preocupação dessa turma com o acesso à informação e o uso da internet para a disseminação de conteúdos. São futuros bibliotecários versão 2.0. :-D

Apesar de não estar presente em corpo, não perdi as mesas redondas de Virtualidade e Contestação pela internet. Havia muitos nomes de peso: Luli Radfahrer (professor da ECA/USP), Maria Aquino (professora da FFLCH/USP), Oswaldo Francisco de Almeida Júnior (professor da UEL) e Luís Milanesi (professor da ECA/USP).

Toda boa palestra faz uma agitação na cabeça de idéias e questões sobre o assunto tratado. De maneira geral, acho que as palestras pegaram numa questão muito relevante para a nossa área e que é dúvida de todos: que profissionais queremos ser?

A seguir, seguem algumas anotações do que foi levantado nas falas dos palestrantes:

* Os bibliotecários são responsáveis pela preservação da informação;

* Muitas vezes, o que os alunos aprendem na faculdade não refletem os problemas encontrados numa biblioteca real. Os profissionais precisam identificar as necessidades de seus clientes e buscar atendê-los;

* Pensar na internet como solução universal para acesso a qualquer tipo de informação é um equívoco. A web representa ainda uma pequena parte de toda informação existente;

* Os serviços de informação e bibliotecas, em geral, se encontram burocraticamente engessadas. Falta inovação, falta iniciativas de “fazer melhor e diferente”;

* É necessário pensar numa “semântica social”: investir na relação entre as pessoas na internet para compartilhamento de idéias. Para isso, devemos aprender a utilizar as ferramentas sociais (blogs, wikis, etc.);

* Os bibliotecários adoram normas, regras e hierarquias muito bem estruturadas. Às vezes, isso é um empecilho. Não devemos olhar feio para a folksonomia. Devemos apropriá-la;

* A cabeça dos atuais alunos e novos profissionais está mudando, mas como mudar a cabeça dos antigos profissionais? E como mudar a “cabeça” de instituições que não dão valor às bibliotecas e seus profissionais?

* Não há canais de informação alternativos à televisão, rádio e internet. As bibliotecas deveriam assumir o seu lado contestador como recurso de informação voltado à população e como local de transformação do conhecimento;

* Sobre as publicações disponíveis na área de ciência da informação e biblioteconomia, é fato: lemos mais do mesmo. É interessante buscar leituras de outras áreas relacionadas. Só assim podemos transformar, melhorar e inovar;

* Não vivemos numa sociedade da informação ou sociedade do conhecimento. Vivemos numa sociedade do excesso de informação ou numa sociedade da pseudo-acessibilidade da informação (depende do ponto de vista e do otimismo de cada um);

* Para trabalhar com informação especializada, hoje, não precisa ser mais um profissional da informação. Basta saber pesquisar;

* O bibliotecário que trabalha em biblioteca escolar precisa conhecer mais Piaget que Dewey. E isso vale para qualquer área;

* Existe uma forte e natural relação entre informação e comunicação. O bibliotecário precisa pensar mais como comunicador, embora as faculdades não estejam preparadas para formar um profissional com essa característica;

* Já passou o tempo de disseminar a informação. Precisamos começar a mediar a informação.

(Imagem: orionoir, no Flickr)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ultimas notícias

Achei essa notícia muito interessante, principalmente para nos futuros bibliotecários!


21/04/2009 - 07h57

Unesco lança biblioteca mundial digital

Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lança nesta terça-feira a Biblioteca Digital Mundial, que permitirá consultar gratuitamente pela internet o acervo de grandes bibliotecas e instituições culturais de inúmeros países, entre eles o Brasil.

  • Acervo Biblioteca Nacional/BBC Brasil

A foto da imperatriz Thereza Christina, do acervo da Biblioteca Nacional, está disponível no site.

  • Acervo Biblioteca do Congresso Americano/BBC Brasil

Mapa de 1562 mostrando o 'novo mundo' faz parte do acervo da Biblioteca do Congresso Americano



Dezenas de milhares de livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações de bibliotecas em todo o mundo foram digitalizados e traduzidos em diversas línguas para a abertura do site da Biblioteca Digital da Unesco (www.wdl.org).

A nova biblioteca virtual terá sistemas de navegação e busca de documentos em sete línguas, entre elas o português, e oferece obras em várias outras línguas.

Entre os documentos, há tesouros culturais como a obra da literatura japonesa O Conde de Genji, do século 11, considerado um dos romances mais antigos do mundo, e também o primeiro mapa que menciona a América, de 1507, realizado pelo monge alemão Martin Waldseemueller e que se encontra na biblioteca do Congresso americano.

Entre outras preciosidades do novo site estão as primeiras fotografias da América Latina, que integram o acervo da Biblioteca Nacional do Brasil, o maior manuscrito medieval do mundo, conhecido como a Bíblia do Diabo, do século 18, que pertence a Biblioteca Real de Estocolmo, na Suécia, e manuscritos científicos árabes da Biblioteca de Alexandria, no Egito.

Até o momento, o documento mais antigo da Biblioteca Digital da Unesco é uma pintura de oito mil anos com imagens de antílopes ensanguentados, que se encontra na África do Sul.

32 instituições
A Biblioteca Nacional do Brasil é uma das instituições que contribuíram com auxílio técnico e fornecimento de conteúdo ao novo site da Unesco.

O projeto contou com a colaboração de 32 instituições, de países como China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, México, Rússia, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão.

O lançamento do site será acompanhado de uma campanha para conseguir aumentar o número de países com instituições parceiras para 60 até o final do ano.

"As instituições continuam proprietárias de seu conteúdo cultural. O fato de ele estar no site da Unesco não impede que seja proposto também a outras bibliotecas", explicou Abdelaziz Abid, coordenador do projeto.

A ideia de uma biblioteca digital mundial gratuita foi apresentada à Unesco pelo diretor da biblioteca do Congresso americano, James Billington, ex-professor da Universidade de Harvard.

Ele dirige a instituição cultural do congresso americano desde 1987 e diz ter aproveitado o retorno dos Estados Unidos à Unesco, em 2003, após 20 anos de ausência, para promover a ideia da biblioteca digital.

"Eu lancei essa ideia e sugeri colocá-la em prática nas principais línguas da ONU, como o árabe, chinês, inglês, francês, português, russo e espanhol", diz Billington.

Ele se baseou em sua experiência na digitalização de dezenas de milhões de documentos da Biblioteca do Congresso americano, criada em 1800.

O objetivo da Unesco é permitir o acesso de um maior número de pessoas a conteúdos culturais e também desenvolver o multilinguismo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

V congersso de estudantes da UFC

Ocorrera nos dias 01 a 04 de Abril o V congresso de estudantes da UFC em Fortaleza-CE.Neste foram debatidos questões sobre o movimento estudantil, bem como encaminhamento de propostas para a participação efetivo dos alunos dos campus avançados do cariri,sobral e Quixadá no DCE.